Do lixo ao luxo: arquitetos e designers dão nova vida a objetos descartados
- Solo3 Ecovibes
- 14 de nov. de 2023
- 3 min de leitura
Lixo é invenção dos humanos
Escrito por Carla Bonilla Huaroc via Arch Dail | Traduzido por Diogo Simões

Um aspecto fundamental em uma economia circular é a transformação de nossa maneira de enxergar o lixo. Rotular um objeto como "resíduo" implica desvalorizá-lo e encerrar seu papel em uma economia linear tradicional.
Mesmo que o objeto esteja fora de vista, sua vida continua no aterro sanitário. Essa mudança de perspectiva em relação ao lixo implica em abrir nossas mentes para as oportunidades que a abundância de resíduos apresenta.
Os designers e arquitetos reunidos a seguir não apenas conseguiram eficientemente resgatar objetos descartados como também aumentaram seu valor agregado, atribuindo-lhes novo significado por meio de sua cuidadosa curadoria.

Em Seattle, a designer e artista sul-coreana Jay Sae Jung Oh pegou itens domésticos que haviam sido descartados e os transformou em cadeiras ornamentais revestidas de couro. A série "Salvage Chair" surgiu do desejo de destacar a cultura do descarte.
A gênese da minha inspiração reside nos objetos que habitam nossas vidas cotidianas. Apesar de vivermos cercados por tantos objetos, muitas vezes deixamos de reconhecer seu valor e constantemente somos consumidos pela busca por coisas novas. - Jay Sae Jung Oh
Seu processo consiste em coletar objetos abandonados e rearranjá-los em novas formas, que são então envolvidas em cordas de couro. Encobertos pelo couro, esses objetos adquirem novas configurações à medida que se entrelaçam, resultando em peças complexas que ocupam um espaço intermediário entre móveis e esculturas.

Em Bangalore, Índia, o estúdio de design de interiores Multitude of Sins projetou o interior de um restaurante utilizando menos de 10% de materiais novos. Encomendado pela comunidade artística do "Bangalore Creative Circus," esse projeto de 2.134 metros quadrados foi concluído em 2021. Através de um processo de curadoria não convencional, a MOS projetou revestimentos de superfície, iluminação, móveis e instalações artísticas praticamente inteiramente a partir de doações da cidade, mercados de resgate e aterros sanitários. Seu processo de design dependeu fortemente do que estava disponível nos recursos descartados da cidade, resultando em uma diversidade distinta de cores e texturas.

Os arcos de entrada foram construídos a partir de metal reciclado e revestidos com um tom de verde-azulado, enquanto os lustres foram habilmente feitos com correntes de bicicleta e pedaços de metal. Faróis de veículos reutilizados foram transformados em luminárias e o piso foi feito com amostras de pisos de exposição descartadas. Uma colagem de pedaços de papel de parede descartado cria um pano de fundo chamativo para o balcão de comida.

Projetado por Hiroshi Nakamura and NAP, o Centro de Reciclagem desafia nossos padrões de consumo tanto em sua proposta quanto em sua aparência. Localizado em Kamikatzu, Japão, sua fachada é uma composição de 700 janelas doadas pela comunidade local. Tanto o interior quanto o exterior do edifício são feitos de uma variedade de objetos usados e madeira de cedro colhida na região.
Em uma entrevista ao Stirworld, os arquitetos detalharam o minucioso processo por trás de seu projeto. Trabalharam em estreita colaboração com a cidade e voluntários, medindo cada uma das 700 janelas e observando a espessura do vidro e os reparos necessários. Essas medidas, então, serviram de base para os desenhos do projeto. Embora, para a maioria das pessoas, a irregularidade dos itens poderia ser vista como indesejável, os arquitetos optaram por abraçar essa imperfeição.
"A maioria dos troncos, encaixes, móveis e outros materiais usados neste projeto apresenta formas irregulares. Em uma economia de produção e consumo em massa, materiais irregulares costumam ser considerados indesejáveis e imperfeitos, pois são difíceis de embalar, transportar e controlar, e garantir sua qualidade é complicado. Portanto, o desperdício é gerado para alcançar a uniformidade, e aqueles que não atendem às especificações são descartados. No entanto, nós encaramos as formas irregulares como uma característica única dos objetos e as valorizamos em sua irregularidade, acreditando que isso confere ao Kamikatsu Zero Waste Center um grande caráter." - Hiroshi Nakamura

O campo da arquitetura tem um vasto potencial para explorar novas direções estéticas utilizando materiais descartados. Ao trabalhar com o que é desigual, dissimilar e envelhecido, novas estéticas podem nos auxiliar na reavaliação da nossa relação com o lixo e na revitalização do que foi descartado. Isso confere um novo papel aos arquitetos e designers, não apenas como criadores de coisas novas, mas como curadores do que já existe.
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